Dia 11 de outubro de 2008, se estivesse vivo Cartola faria 100 anos de vida. Angenor de Oliveira, o Cartola, é reverenciado por muitos como o maior sambista de todos os tempos. Nascido no Rio de Janeiro, passou a infância no bairro das Laranjeiras.
Na década de 30, passando por dificuldades financeiras, sua família decide mudar-se para o Morro da Mangueira onde nascia uma favela. Lá conheceu Carlos Cachaça e outros amigos que o iniciaram na malandragem e na música. Com eles fundou o Bloco dos Arenegueiros e seu núcleo foi responsável pelo surgimento do G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira. Cartola escolheu nome e as cores. Muitos dizem que as cores verde e rosa foram escolhidas por serem próximas ao verde, vermelho e branco do seu amado Fluminense Football Club.
Na década de 30, seus sambas foram muito gravados por intérpretes da estirpe de Francisco Alves e Carmem Miranda. Nos anos 40, some de cena da música e da Mangueira e será redescoberto por Sérgio Porto no final da década de 50.
Na década de 60 ele e sua esposa Dona Zica, fundaram o Bar Zicartola que aglutinou muita gente boa do samba naquela época.
Somente em 1974 gravou o seu primeiro disco solo que foi seguido por outros quatro discos solo. Suas belíssimas canções como “As rosas não falam”, “O mundo é um moinho”, “Acontece”, “Peito Vazio” e tantas outras, se eternizaram.
Cartola morreu em 1980, pobre e vivendo em uma casa doada pele prefeitura em Jacarepaguá. O Rio de Janeiro deveria neste sábado fazer uma homenagem atrás da outra, em memória deste grande sambista, poeta e cronista do amor. Cartola não morreu. Estará nas mentes e corações daquelas pessoas que gostam da boa música popular brasileira e que ainda vivem para amar.
VIVA CARTOLA !!!
A “rádio de Samba” de hoje até Domingo só executará músicas deste grande mestre.
Cartola, o violão e seu pai. (Pare de tocar a rádio para ver).
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